quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

(Outro) Trabalho sobre a Prostituição

(Nota muito importante: não consegui "carregar" o filme, talvez por ser muito longo. As minhas desculpas aos alunos e lamento que não o possam ver, porque valia a pena! Tentarei resolver esta questão técnica!)
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Entrevista a uma "prostituta":





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Texto:
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Geralmente considerada a mais velha profissão do mundo, a prostituição é ainda, em muitas das nossas sociedades, uma verdadeira chaga social que deveria merecer uma maior preocupação por parte de todos nós, embora, para muitos, surja como uma opção de vida condenável, razão pela qual a discriminam, como a solução mais fácil para ganhar dinheiro.

No entanto, são múltiplas, e nem sempre facilmente explicáveis, as razões que podem levar um ser humano a vender o seu corpo. Entrevistas a prostitutas revelaram que razões de natureza social ou socioeconómica empurram muitas delas, quer para a prostituição de rua, quer para a prostituição de luxo. Para umas, é a única forma de voltarem as costas a contextos familiares marcados pela miséria, pela violência, pelos dramas do alcoolismo ou enfrentarem a problemática da toxicodependência; para outras, um modo de ascenderem socialmente, ou seja, de satisfazerem a sua ambição, o seu sonho de terem acesso a estilos de vida que, de outra maneira, jamais alcançariam; para outras ainda, um verdadeiro calvário, um sonho em que embarcam, convencidas de que lhes permitiria libertarem-se da vida que tinham, tendo vindo a cair na teia de redes organizadas de tráfico é escala internacional.
Vítimas da hipocrisia social, que se recusa a dar-lhes visibilidade, legalizando a sua actividade, prostitutas e prostitutos correm todos os dias grandes riscos e pagam muitas vezes, em preço demasiado elevado, seja a contracção de doenças sexualmente transmissíveis, sobretudo a Hepatite B e o HIV Sida, seja o estigma social e a consequente marginalização de que são alvo, seja ainda a exploração daqueles que, ligados ao meio, se aproveitam da sua vulnerabilidade para ficarem com uma parte significativa do dinheiro que, quem vende o seu corpo, consegue angariar.
Torna-se, portanto, evidente que não é fácil enfrentar um fenómeno tão complexo quanto este da prostituição. Contudo, parece-nos que nenhum de nós lhe pode ficar indiferente. Pelo contrário, urge trazer este tema para a ordem do dia, obrigando quem não vê ou se recusa a abrir os olhos para esta realidade a dar-se conta de que ela existe, quanto mais não seja porque há clientela, porque também neste negócio do corpo vigora a lei da oferta e da procura e, por isso, este é um problema que nos toca a todos e todos somos co-responsáveis e, consequentemente, enquanto cidadãos e indivíduos livres devemos a nós próprios um dos mais elementares direitos humanos – o do respeito pela dignidade do ser humano.
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Trabalho realizado por:
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Mariana e Flávio
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Turma: 11ºB
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