quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Trabalho sobre a "Ilegitimidade" dos Filhos

Num jardim, no centro da cidade.

- Viste o que aconteceu no último episódio da novela?

- Não, o que aconteceu?

- A protagonista teve um filho e era solteira, não achas uma pouca vergonha? No nosso tempo, há sessenta anos atrás, ninguém tinha um filho ilegítimo e se orgulhava disso.

- Mas, actualmente os tempos mudaram, agora é frequente as raparigas terem filhos e, por vezes, não saberem quem é o pai da criança, ou então saberem quem é o pai, mas mesmo assim não se casarem.

-Coitadas das crianças, vão ser punidas pela sociedade.


-Não, não vão, como já te disse agora já não é assim tão raro isso acontecer, e, por isso, já ninguém é censurado, nem mesmo as crianças.

- Mas, mesmo assim, faz-me muita confusão aceitar essa situação, os pais deveriam assumir os seus filhos e as mulheres terem mais prudência.

- Pois, mas este tipo de coisas só se evitam com muita prevenção, quer seja em campanhas publicitárias ou em consultas de planeamento familiar. Por todas estas razões temos que aceitar que os tempos mudaram e que actualmente já nem se utiliza o termo da ilegitimidade dos filhos.


Trabalho realizado por:

Ana Sofia Gonçalves
Mariana Costa

Turma: 11ºE

Trabalho sobre a Identidade Nacional

A Identidade Nacional, segundo o meu avô

Acto I, Cena I

Filho e Pai. A conversa dá-se no presente.

Filho (F) – Pai! Sou português?

Pai (P) – Claro! Nasceste em Portugal, és português! Como é que andam as tuas notas a geografia? (O Pai começa a rir.) Quer dizer, segundo o teu avô, talvez não sejas...

F – Então quer dizer que não nasci em Portugal? Então, nasci em Espanha?
(Os olhos do rapaz brilham, muito abertos, na direcção do pai.)

P – Também tu? Não! Não é isso que quero dizer. Eu explico-te...
(o Pai relembra a conversa que em tempos tivera com o seu próprio pai.)


Acto I, Cena II


Pai e Avô. O Pai recorda a conversa que teve com o seu pai (Avô), anos antes sobre o mesmo assunto. A atitude do Avô demonstra chacota.

P – Pai! Sou português?

Avô (A) – Hás-de ser... Hás-de ser...

P – Ainda leva muito tempo?

A – Depende de ti...

P – Mas é preciso fazer algum exame?

A – Não. Será uma coisa natural. Mais tarde ou mais cedo acabam todos a fazer o mesmo.

P – O mesmo... Que mesmo?

A – A gostar de bacalhau!
(O Avô ri às gargalhadas.)

P – Oh Pai, diga a verdade!

A – Confessa... Também gostas de cozido! (O Pai chora.)

A – Então, o Pantera desta vez não marcou golos?

P – (A pergunta do Avô, ao filho, deixa-o enervado.) Marcou sim! O Zé disse-me.

A – Mas, qual Zé?

P – Aquele pai... O do pião!

A – Olha outro... A esse também já não falta muito!

P – Pois não! ‘Tá quase a ir prá França! E nós quando é que lá vamos?

A – Deves pensar que lá porque conheces o Algarve, conheces o país!

P – É o único sítio para onde vamos nas férias: a mão leva a panela para a praia, o piriquito fica na avó, o pai bebe a sua cerveja com os amigos... Ah! E aquela coisa amarela...

A – Ah! Os meus tremoços! Isso já faz de mim meio português! Compreendes agora o que te dizia? Hás-de acabar a fazer o mesmo que eu...


Acto I, Cena III


Filho, Pai e Mãe. A conversa retorna ao presente depois de o Pai descrever ao Filho a conversa que tivera com o Avô. A atitude do Filho faz alusão à anterior atitude do Avô.

F – Mas isso não é ser português!

P – Ai fazes melhor?

F – O Cristiano Ronaldo fez!
(O Filho está a ser irónico.)

P – Ele é o que é graças ao Scolari! Ao trabalho na selecção...

F – Sim, foi lindo ver os taxistas com as bandeirinhas na janela!
(Mostra-se intensamente irónico.)

P – Então não foi... De chorar! Somos portugueses e temos orgulho nisso, se não fossem os gregos...
(O Pai emociona-se.)

F – Sim! A mãe só voltou a chorar dessa maneira quando o Cristiano ganhou! É que nem com as minhas positivas!

P – Não! Não! A tua mãe quando foi ver o Tony até chegou a casa de olhos inchados. A tua mãe adora-o... A ele e ao filho!

F – Já percebi pela música que a mãe ouve!

P – Sim, realmente nem deixa ouvir a televisão. Eu a ver o último episódio do CSI e ela a dançar agarrada à vassoura!

Mãe (M) – Oh Zé, vai buscar massa e leva o miúdo!

P – Está bem, querida. Vamos já.

F – Pai, vamos àquele ali da esquina?

P – Sim, levamos o carro.

F – O carro? É já ali ao fundo!

P – Dá muito trabalho, depois do pequeno-almoço estou cheio. E nem acredito que a tua mãe vai fazer lasanha!

F – Lasanha? Bom, bom era a feijoada da inauguração da Ponte Vasco da Gama!
(O Filho mantém a sua atitude de gozo para com o pai.)

P – Melhor que isso, só a Amália!
(Responde seriamente ao Filho.)

F – És mesmo português!


Trabalho realizado por:

Carolina Soledade nº 4
Catarina Cruz nº5


Turma: 11º B

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Também o Romeiro se despediu...

Jerusalém, 12 de Fevereiro de 1911

Minha Amada Madalena


Sei que me dão como morto desde há 16 anos, aquela coisa incandescente no céu amaldiçoou a nossa pátria, fazendo daquela batalha um fracasso. Aqui em Jerusalém somos doze, os lusitanos cativos, entre os quais o nosso El Rei D. Sebastião. Amanhã vão-me soltar no deserto onde morrerei à sede e à fome. Por isso, agora que posso, despeço-me de ti, minha Madalena, minha mulher honrada. Eu amo-te, e sempre te amarei. Nunca parei de pensar em ti desde o dia que parti em direcção aquela terra condenada.
Tenho saudades tuas, sonho todos os dias com o nosso casamento naquele jardim florido do nosso palácio em Almada, que não tem nada a ver com este lugar quente e maldito, onde apenas se vê areia.
Espero não te estar a afligir por estar vivo. Com a minha morte, decerto já voltaste a casar com outro homem e já tens uma filha linda, tal como querias. Mas sei que seremos sempre a alma gémea um do outro. Agora, com a ajuda de Deus, regressarei à minha terra pela rota das caravanas. Não te angusties, porque se Deus deixar, apenas te verei mais uma vez até partir para o paraíso.
Fica descansada que eu perdoo-te e Deus também te perdoará.


Despeço-me com saudade de uma pessoa digna e pura.

Um grande beijo
Do teu grande amor


D. João de Portugal

P.S. Mesmo que esta carta não chegue ao local certo, quem a ler não se preocupe pois levou a um enorme alívio do meu coração.


(João, 11ºB)
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Outras Cartas de Madalena


São meras palavras em resumo do nosso amor vivido que aqui escrevo.
Nunca imaginaria que, após anos de vida contigo todos os dias, o que aconteceu viesse surgir. Surgiu de forma repentina e surpreendente, coisa que não esperaria, pois o essencial era o nosso amor que fazia de tudo tão harmonioso e espontâneo.
Fruto do nosso amor nasceu a nossa querida filha Maria, a quem admiro muito e de quem vou sentir falta para o resto da minha vida.
Mas agora quem nos pode perdoar deste amor proibido?
Deus! A única forma de pagar o meu pecado cometido (em que envolvi queridos inocentes) é entregar-me a Deus até aos fins da minha vida. Viverei na solidão!
Sem o teu amor, os meus dias vão passar como longos anos, longos dias que me lembrarei sempre de ti, de ti e do nosso amor vivido, Meu Manuel.
Espero que leias esta carta, sem que as tuas lágrimas venham a cair, pois irão permanecer para sempre estas recordações no nosso coração.

Despeço-me de ti meu amor!


Madalena.

(Marta Magalhães, 11ºC)

Almada, 13 de Março de 1632

Caro Manuel,

Foi por ti que me sacrifiquei, por ti por quem me apaixonei, contigo que eu tive a minha primeira e única filha. Filha que educámos juntos, que cresceu connosco e que teve aquele final tão injusto e trágico.
Passei longos anos da minha vida a teu lado, e agora... e agora... não sei como sobreviverei nos próximos. Desculpai-me Manuel, desculpai-me... pelas consequências que estais a pagar. Se não fosse este maldito destino... Ainda te podia abraçar, acariciar e sentir o teu cheiro.
Todas as palavras são poucas para descrever os sentimentos, a saudade... queria agradecer toda a tua disponibilidade, a tua calma, o teu amor...
No dia do nosso memorável martimónio, jurámos ficar unidos para sempre, para o bem e para o mal, até que a morte nos separasse. E assim foi, morri para ti, morri para a vida.

Encontrar-te-ei no céu

Madalena de Vilhena


(Teresa, 11ºC)
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Outra Carta-Poema

Não percebo as razões,
Mas compreendo todas as tuas palavras
Angustiadas e não ouvidas.
É funda e inexpressiva,
Incompreendida e vivida,
pelas tuas palavras.
São
palavras que tu me deste,
que não se perceberam, porque
foram outras as palavras da razão.
Entre todas as ciladas sibiladas
do teu ventre, da tua mão
que se esconde entre letras
e a tua alma que vive encerrada,
presa por rabiscos de palavras.
Frases,
de verdade escritas por ti,
dirigidas a um alguém em que
as tuas palavras,
são como historia mortífera e venenosa.
São palavras que tu escreveste
que se tentaram conjugar,
mas ficaram escritas,
entre as nossas mãos,
entre o nosso olhar.
Foram palavras de silêncio,
transcritas em prosa, não lidas
mas ouvidas .
Palavras e frases que decaíram
sobre a tua alma encerrada,
foram citadas por ti em tentação,
mas nunca chegaram a ser as palavras
que tanto desejava.


(Bárbara, 11ºE)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Carta de Despedida e Prosa Poética

Meu Manuel,

Nunca imaginei despedir-me de ti enquanto ainda vivesses; nunca pensei escrever-te em despedida porque estarias morto e serias incapaz de ler.
Mas morreste. Morreste para o mundo e quiseste morrer em mim também; e por isso te escrevo, pois embora não estejas realmente morto, também não estás vivo, nem no mundo, nem em mim.
Apenas a tua memória resiste, mas a memória é efémera e morrerá também, um dia.
E o teu amor, que me mantém viva, desaparecerá e, em breve, estaremos ambos mortos. Mortos para o mundo e mortos para nós, pois já não restará qualquer sinal de vida, mesmo que ainda estejamos vivos.
Sem a tua presença, todo o conceito de vida e de morte se torna ambíguo e subjectivo, e por isso me despeço e te escrevo em carta, para que, cada vez que a leres, me mantenhas viva em ti.
Enquanto permanecer na tua memória permanecerei no mundo. Enquanto eu te lembrar e tu me lembrares ainda estaremos juntos, em cada um e no que restar de nós.

Com Amor,
A tua Madalena


(Sara Gonçalves, 11ºE)

Amor, não choro porque tu me ensinaste a sorrir, não morro porque me ensinaste a viver, não sofro porque tu me ensinaste a amar. Mas se um dia deixares de existir eu choro; porque a única coisa que tu não me ensinaste foi viver sem ti.

(João Rodrigues, 11ºE)
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Cartas-Poemas

Gosto...

Gosto de te ouvir...
Gosto de quando me fazes rir

Gosto de te falar
Gosto de quando paras a olhar...

Gosto mas nao gosto
Ou será que gosto mas nao sei...

Gosto mas nao gosto
Ou será que me baralhei

Gosto, será que gosto
Será que alguem dia gostei?

Gosto mas nao gosto
Ou já me apaixonei?

Gosto será que sabes?
Nao sei nunca te mostrei

Gosto será que gosto
Talvez, nunca te falei

Gostos de gostar
Mas se calhar nao existe

Gosto de gostar
Mas nunca te disse!


(Filipa, 11ºE)


Carta de despedida

Sinto o tremor das minhas mãos ao escrever esta carta,
Sinto as lágrimas que correm pelo meu rosto,
Sinto a saudade que sufoca o meu coração.
Quis amar e ser amada, foi o meu pecado nesta vida.
E, de repente, um sonho desfeito.
Assim, quer o Destino que eu parta.
Não sei se já parti…
Não vejo nada, nem ninguém do Mundo.
Mas vejo que, ao chegar lá, te irei encontrar,
E contigo viver a Felicidade, que nesta vida foi proibida,
Porque o Amor nunca morre, é eterno.
Adeus… vou partir,
Para todo o sempre,

Da sempre tua
Madalena


(Diana Almeida, 11ºE)
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Cartas de Despedida: a Madalena, Manuel, Maria


Silêncio profundo nas minhas lágrimas derramadas por ti… Não sei o que será de mim. Oh não, vida tão injusta e cruel, derradeiramente negra e triste. Destino, tu que me separas de meu amor... Meu único amor verdadeiro e de minha flor. Flor de quem fui mãe. Ficarás para sempre no refúgio de minha alma e de meu amor. As tuas palavras soam-me ao ouvido a cada hora que passa e sinto-as no peito a rasgarem-me a respiração. Meu amor por ti é mais forte que tudo, que qualquer destino, pois permanecerás sempre ao meu lado e em meu pensamento. Contigo aprendi a amar e a ser amada, as carícias e as palavras doces guardas comigo. Digo assim o meu adeus, com afecto e amor de tua sempre, Madalena.

(Tatiana, 11ºE)


Minha querida Madalena

Minha eterna amada, nem tenho palavras para descrever tudo o que sinto, aquele tornado de sentimentos que me preenche desde aquela terrível notícia, todos estes futuros anos da minha vida que irão ser passados sem poder ver o teu rosto, sem poder sentir o teu cheiro, sem ti. Oh destino maldito...
Mas está na altura da despedida. Despedida não, não posso permitir que o nosso amor fique assim separado por essa palavra tão infinita. Esperarei sempre por ti e nunca te esquecerei, nem a ti nem a esses momentos que ficaram para sempre na nossa mente com tanta paixão.

Do teu eterno amor

Manuel

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(Mariana, 11ºE)


Querida Maria:

Talvez um dia eu vá a muitos lugares e conheça muitas pessoas, talvez eu volte cedo ou não volte mais, talvez me case de novo ou não, mas quero dizer, sem qualquer esperança ou planos, que, por mais tempo que fique, que por mais pessoas que eu conheça, por mais lugares que eu visite, nem por um segundo me vou esquecer de ti. E o meu coração, mesmo despedaçado, irá amar-te para sempre. Não só pelo o que tu és, não pelo que fizeste mas pelo que eu passei a ser depois do momento em que entraste na minha vida. E é aqui, humildemente, que venho agradecer-te por tudo o que me deste e por tudo o que vivi contigo... Obrigado por entrares na minha vida e lhe dares um novo sentido. Posso não ser aquele que vai estar contigo nos próximos capítulos da tua vida, mas vou deixar-te ir embora, na esperança de que um dia possa voltar para os teus braços. Porque eu acho que és digna desta espera…Obrigado por me teres amado todo este tempo, exactamente do jeito maravilhoso que foi esta vida a teu lado. Não te esqueças, meu grande amor, que vou continuar a amar-te e que farás sempre parte de mim… Até depois meu eterno amor…

(Sara Silva, 11ºE)

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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Carta de Despedida: Tu, como ninguém.....

Meu querido marido,

Tu como ninguém, soubeste que os pensamentos sempre foram o nosso entendimento. Se me encantavas com as tuas palavras, não consigo descrever o efeito dos teus belos olhos negros sobre mim. Eles sempre foram a ponte que nos unia.

É assim que agora me acalmo, a pensar neles e na maneira como eu te amo a ti, e tu a mim... Nunca a frase "prometo amá-lo até ao fim do nossos dias" fez tão pouco sentido. Porque hei-de eu parar de te amar agora? No momento em que o mundo me perde, o meu coração mantém-te tão preso como no primeiro dia em que te vi. Para o Céu, onde Deus nos espera com o seu paraíso e a sua obra mais perfeita, eu levo um dos meus bens mais preciosos, tu. És o meu consolo, Manuel de Sousa Coutinho, a promessa certa de que nem todas as coisas boas ficam aqui na Terra.

Eu sei que, embora o mundo desconheça, houve uma traição, tu também a viste nos meus olhos. Tu sempre soubeste que eu fui desde o momento em que me viste tua. A minha devoção, o meu respeito, e o meu amor abandonaram por completo D.João nesse mesmo instante. Todos os suspiros que te inquietavam eram o peso da consciência, e a minha antecipada sentença. Nem eu podia crer que o meu maior medo se concretizaria...

Deixo-te neste momento, para te encontrar dentro de pouco tempo com toda a leveza e liberdade. Deus irá ver o nosso amor com bons olhos, quando os passar pela nossa amada Maria. Não é possível chamar-lhe pecado se o seu fruto é ela, aquele nosso anjo frágil onde os teus olhos se detêm por cada inspiração demasiado espaçada.

Irei agora, já depois de ter dado o último beijo aos meus dois amores, fechar o tinteiro e apagar a vela, pois o caminho para ti não é percorrido com os pés, mas sim com as asas do coração. Quanto à nossa história, fecho o tinteiro sem, no entanto, permitir que ela acabe aqui, pois para escrevê-la que o faça alguém com talento. A mim coube-me senti-la, não contá-la.

Um último até já meu amor, da tua constante,

Madalena.


(Da Catarina, 11ºB)

Carta de Despedida: Não sei bem por onde começar...

Almada, 2 de Janeiro de 1585.

Querido Manuel,

Não sei bem por onde começar, “talvez pelo início”, dirias tu. Há muito tempo que tinha algo para te dizer: nunca sabia bem o quê, mas hoje todas as dúvidas se dissiparam. O nosso amor sempre foi demasiado grandioso, sempre tive em consideração a paixão que nos unia; agora, nada mais nos resta a não serem os laços criados no seio de ternura a que me habituaste.

Não espero de ti agitações, de maneira alguma aguardo os teus suspiros profundos mas, resta-me acreditar que estarei presente nas tuas memórias mais íntimas. Tudo passou numa brisa inquietante como o vento: os sorrisos sinceros tornaram-se lágrimas repletas de infelicidade; os teus braços fortes e calorosos já não me conseguem abraçar hoje e aguentar esta dor. Tudo se desvaneceu numa névoa misteriosa que nenhum de nós consegue ultrapassar. São barreiras, obstáculos a que desconhecemos a causa e mesmo assim procuramos inutilmente pela solução.

Tudo isto te parece loucura, creio. Mas não meu amor! Tudo o que digo são palavras agonizadas, repletas de vergonha e sensíveis à menor luz branca. Talvez te pareça exagerado o meu discurso, enfadonho até…Mas tu conheces-me e, sabes que nada do que digo é superficial, como a beleza. Sinceramente, aguardo uma carta vinda de ti, perfumada com o teu aroma de jasmim, repleta de eloquência e emoções que nunca demonstraras a ninguém anteriormente. Mas isto sou só eu e os meus desejos…

Oh! mágoa poderosa! Oh! alma inconstante! Efémero? Só o amor.

Com muito carinho,

da sempre tua Madalena.


(da Maria João, 11ºE)