quinta-feira, 26 de março de 2009

Ser Filho ilegítimo no Século XIX


José e Maria eram um casal de adolescentes, que viviam na velha Lisboa, no séc. XIX. Desde cedo que se conhecem, eram vizinhos.


Com o passar do tempo, aquela troca de olhares e as brincadeiras deram origem a um sentimento mais para além da amizade, mas era um amor proibido, pois José era de boas famílias, de classe social elevada, e estava destinado a casar com uma mulher da mesma classe social. Mas o amor entre os dois conseguia ser ainda mais forte.

José e Maria encontravam-se muitas vezes às escondidas, até que um dia, num desses encontros, o sentimento que os unia levou-os a entregarem-se de corpo e alma um ao outro.
Passados alguns meses, Maria começou a sentir algo de muito estranho com o seu corpo e com vários sintomas. Mais tarde chegou à conclusão de que poderia estar grávida de José.
Assustada, correu ao encontro do seu amado para lhe contar e pedir que se casassem antes que a sua barriga começasse a crescer, para que a sua honra, como mulher pura, não ficasse manchada.
José, com um ar preocupado e sério, responde que casar com Maria seria difícil, senão impossível, pois ela não pertencia à mesma classe social, mas que iria arranjar uma solução para o problema de ambos.


Maria esperou, mas essa solução nunca chegou a ser resolvida. José partiu, sem dar notícias. A criança nasceu, era um menino, que ficou com o nome do pai. Maria acabou por cria o Josezinho sozinha, desonrada e despojada de tudo o que tinha.

Passados uns longos anos, Maria viu, ao fundo da rua do Ouro, da Baixa de Lisboa, José, acompanhado de uma belíssima mulher e com a ama do seu filho.

José sentiu-se observado e, quando olhou fixamente, reparou numa mulher com um menino ao lado. Percebendo que era a sua Maria, desviou o seu olhar e seguiu o seu caminho, pois não queria pôr em risco o seu abastado e bem sucedido casamento.


Esta história passa-se no séc. XIX mas, se fosse recontada no séc. XXI, muitas coisas seriam diferentes. Já não havia problemas de honra pelo facto de Maria ser mãe solteira, pois actualmente é cada vez mais frequente este tipo de situações, os pais não deixariam de aceitar os filhos, deixando-os assim a cargo das mães. Estas crianças tinham apenas como recordação do pai, muitas vezes só o seu apelido.


Trabalho realizado por Rita Valério

Turma: 11ºC


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