terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Trabalho sobre a Escravatura Contemporânea


A Escravatura Infantil

Texto:

A Escravatura nos tempos de hoje

“Crianças obrigadas a trabalhar”

Falou-se de uma criança que foi entregue pela própria mãe com dois anos a uma senhora que lhe prometeu que a trataria bem, como se fosse filha dela. Aos quatro anos já lavava “muito bem a loiça” e cuidava da casa. Apesar disso esta criança dorme debaixo da mesa da cozinha numa casa sem o mínimo de condições de higiene e sem conforto.

Porquê?

Por muitos motivos que esta mãe tivesse para entregar a sua filha aquela senhora, não tinha o direito de acabar com a infância desta criança,pois esta nunca mais terá a oportunidade de brincar como é normal nas crianças.

É assim que esta senhora trata os seus filhos? Não! Aproveitou-se da ingenuidade de uma criança de dois anos que mal sabe responder por si e muito menos suspeitar o que a esperava. A sua infância acabou ali, a partir do momento em que a sua mãe a passou para os braços da senhora e mais tarde virá a perceber que está completamente sozinha neste mundo e sem poder contar com ninguém a não ser consigo mesma.
Como é possível uma mãe fazer isto a um filho? será que é amor que sente por ele? Provavelmente não, se calhar nem lhe pesa na consciência! E pensar que esta criança é só uma vítima de muitas mais que os pais entregam para trabalhar.

“Infância traficada”

No Gana há crianças mantidas em cativeiro pelos pescadores do Lago Volta . São meninos que trabalham dia e noite sete dias por semana, a troco de um prato de mandioca.
Estas crianças são vendidas pelos pais aos pescadores em troca de dinheiro, dinheiro esse que normalmente só chega para comprar um saco de farinha, ou seja, menos de 30 euros. Abandonadas por aqueles que as deveriam proteger, estas crianças são mantidas em cativeiro pelos homens que as compraram e são exploradas, maltratadas e vivem em ilhas isoladas de onde não conseguem fugir. Algumas morrem afogadas, muitas não sabem o nome e a maioria não sabe a idade.
Aterrorizadas, desenraizadas e sem memória, estas crianças ficam prisioneiras da sua própria história.
Não sabem o que é ser amadas, respeitadas e não sabem o que é sentirem o conforto e a protecção de um pai e mãe.
Será que o dinheiro que os pais ganham ao venderem estas crianças fará com que melhorem a sua vida? Não! apenas mudará na refeição que terão nesse mesmo dia. No dia seguinte os problemas continuarão.

Mas não há dinheiro nenhum que consiga apagar o sofrimento destas crianças, as marcas ,o silêncio…

É uma história triste, mas simplesmente é a realidade que ainda existe cada vez mais nos dias de hoje.


“O tráfico de seres humanos continua próspero em todo o mundo”

Quando os imigrantes ou os refugiados chegam aos países de destino, as mafias locais começam por lhes ficar com a documentação. Depois obrigam-nos a trabalhar em condições miseráveis e ficam-lhes com grande parte do que recebem. O pretexto é que devem pagar a dívida da viagem, o alojamento, o suborno das autoridades locais, etc. Em pouco tempo estes imigrantes percebem que nunca chegarão a pagar a dívida que, supostamente, contraíram no início do processo e que não pára de aumentar.

Porquê?

Lá porque as mafias locais são muito apelativas, não têm o direito de dar uma falsa segunda oportunidade aos imigrantes, refugiados, a seja quem for... toda a gente merece uma segunda, terceira oportunidade, todos nós cometemos erros. A escravidão tira a alegria de viver de quem quer que seja. É errado estar a fazê-lo só para ganhar dinheiro, ou para equilibrar a economia dum certo sector, dum país, dum continente, do mundo...

Trabalho realizado por:

Madalena Braga, nº16 e Pedro Carvalho, nº20

Turma: 11º B
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