sábado, 20 de dezembro de 2008

Trabalho sobre a Responsabilidade Ecológica


Texto:

A responsabilidade ecológica


Este vídeo, apresentado acima, serve como introdução ao tema do nosso trabalho, tendo sido escolhido, pois nele uma das principais ONGs, que luta por uma relação de respeito com a Natureza, aborda um tópico crucial nos dias de hoje, as condições de vida no futuro desta e das próximas gerações.

De maneira a fazer ver o nosso ponto de vista, explicaremos primeiro o conceito e a criação do termo responsabilidade ecológica.



Criação da Ecologia Utilitarista


Com o final da década de 60, princípios de 70, abrem-se novas portas no campo da ciência, a tecnologia começa então a representar uma importante parte dela. Foi então através da tecnociência que o Homem pode ir ao Espaço, á Lua, e começar a fazer as mais delicadas intervenções cirúrgicas.


Apesar de todos estes benefícios e descobertas que a tecnociência trouxe para a sociedade em geral, alguns dos danos que causou, são puro e simplesmente irreversiveís. Quando falo de danos refiro-me a por exemplo, os detritos radioactivos que irão permanecer na atmosfera e afectar-nos durante várias gerações. Das centrais nucleares abertas, onde iriam parar os seus depósitos e resíduos? Ir-nos-iam afectar? Durante quanto tempo?

Começou-se então a perceber que o preço a pagar por esta evolução era alto, e acima de todos estas dúvidas colocou-se uma questão universal: que efeitos irão sentir as gerações de amanhã devido aos actos de hoje? Numa tentativa de resposta a esta pergunta, surge a ambígua obra, o Principio da Responsabilidade.

Perante toda a ideia de necessidade da existência de uma responsabilidade ecológica, pessoal e colectiva, foram várias as teorias defendidas por ecologistas, filósofos, entre outros.

Essas teorias são:

O Antropocentrismo Ecológico, que tem como princípio a ideia de que “o Homem constitui o ponto de referência central, não existindo nenhum sujeito de direito que não o Homem”. Defende que toda a vida é decretada pelo Homem, em propósito/benefício da sua satisfação, bem próprio e sobrevivência; daí o seu nome Antropocentrismo, que se define pela “atitude ou doutrina filosófica que faz do Homem o centro do Mundo, alegando que este foi feito para ele e que o bem da Humanidade é a causa final do resto das coisas”. Os problemas resultantes da defesa de tal teoria é o desprezo pela natureza e restante mundos animal e vegetal, tendo como total interesse a manutenção e continuação da espécie humana.

A Ecologia Utilitarista tem como base a máxima: “Age de tal modo que os efeitos da tua acção sejam compatíveis com a permanência de vida humana autêntica na Terra” – Hans Jonas. Esta máxima foi teorizada por Hans Jonas – filósofo alemão, nascido em 1903 e falecido em 1993 – que a protege e defende de forma ambígua. Esta ambiguidade devia-se ao facto de defender o Antropocentrismo Ecológico e a Ecologia Utilitarista, afirmando que a natureza deve ser protegida para conseguirmos legar um planeta habitável às gerações futuras: imprime uma atitude antropocêntrica ao referir as gerações futuras e uma atitude utilitarista quando diz que a natureza deve ter um “carácter que visa unicamente o útil” (utilitarista), sendo neste caso a manutenção da espécie humana no futuro.


A problemática desta teoria apresenta-se em duas questões: as gerações futuras têm direitos?
Qual o fundamento da “responsabilidade ecológica”?

Contamos, ainda, com a Ecologia Profunda. Rege-se segunda a ideia de que “a natureza deve ser protegida – mais propriamente, respeitada – independentemente dos interesses humanos, porque a natureza tem direitos e valor por si”. Caracteriza-se por afirmar que a natureza tem um valor intrínseco e não instrumental, contrariando a máxima da Ecologia Utilitarista e com a ambiguidade de Hans Jonas. Da defesa desta ideologia aparecem questões como: “A Humanidade é uma aflição para o Mundo... a sua existência representa uma violação dos aspectos mais sagrados da Mãe Terra” (por Thomas Berry, escritor do Sierra Club Express – importante associação ambientalista dos EUA).

O Antropocentrismo Ecológico e a Ecologia Profunda são ambas extremistas, mas contrárias, defendendo, respectivamente, a vontade do Homem e o valor da natureza.
Consideramos a Ecologia Utilitarista, das três, a mais coerente e de acordo com as nossas ideias, isto porque, na nossa opinião, é a que tem uma máxima mais aceitável e é a que está mais presente na nossa sociedade actual. É a partir da ideia das gerações futuras que esta teoria é abordada na actualidade com preocupação na manutenção da espécie, mas também do Planeta, dando ênfase à ambiguidade de Hans Jonas. De referir é o documentário Uma Verdade Inconveniente, do ex-vice-presidente Al Gore que, como aparece em resumo, “apresenta uma alarmante e preocupante perspectiva sobre o futuro do nosso planeta – e civilização – neste documentário...”

O porquê desta teoria

Esta teoria tem um objectivo, pois não é em vão!

Assim sendo, independentemente do gosto em fazê-lo, quem não age de acordo com ela, acaba por criar um ambiente altamente prejudicial para si e para o mundo. Ao continuarmos com o comportamento da sociedade em geral, continuamos a emitir altos níveis de CO2 e outros gases poluentes para a atmosfera, que irão contribuir para o aumento do buraco na camada de ozono resultando assim numa maior frequência e intensidade das catástrofes naturais que nos atingem nos dias de hoje.

Isto irá pôr a nossa vida em risco a curto e médio prazo, na medida em que elas (ás catástrofes) se irão prolongar por um tempo indeterminado, fazendo a nossa qualidade de vida descer vertiginosamente.

Se, tendo noção destes factos, a sociedade continuar a agir da mesma forma, isto demonstra inevitavelmente uma faceta muito mais negativa do ser humano, o egoísmo, e o consequente desprezo pelo vida, pois são essas as características atribuídas a alguém que põe os seus desejos e caprichos imediatos acima do bem estar colectivo, pondo em risco a vida do próprio e de terceiros.

Bibliografia

Sites:
http://pt.wikipedia.org/
www.youtube.com

Obras:
Filosofia 11º ano, Luís Rodrigues, Plátano editora.

Trabalho realizado por:

Catarina Cruz e Carolina Soledade

Turma: 11ºB
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